Os “pês” da vida
Pobre,
pequena prole
À procura
de panela e pão.
Prato!
Primeiro a praga
E puramente
precisão.
Pinta
parede em porre
Para
pagar pirão
Paga
o pão pequeno
Peleja
por profissão.
Pobre
pedinte em porta
Procurando
pagar porão
Para
perto de puro prato
Pula
pelo portão.
Pensa,
pena por um pano
Praticando
a procissão.
Pega
pincel para pintura
O porrista
pobretão
Paga
o prato por penúria
E pede ao Pai pureza e pão
Para
purificar pobreza
E processar
pior pavão
Predador
do proletário
Portador
da podridão.
Pelos
pobres peço prece
Para
o pai, paz e perdão
Ao pobre
pura peste
Em prol
da profusão
Pindaíba
para a patente
Prima
da perseguição.
Paro
por preguiça e pena
Do penar
do prosador
Penso
em por um ponto preto
No poder,
o perversor
E para
a pureza passo
Para
o ponto pausador.
Graça
Carneiro
Julho
de 1988